Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Recentemente, a Motion Pictures Association divulgou seu relatório anual sobre os números de cinema e home entertainment do ano passado. O CEO e presidente, Charles H. Rivkin, saudou 2021 como o ano da “rápida recuperação da indústria”.
Foram US$ 99,7 bilhões movimentados no mundo somando cinema e home entertainment. Um crescimento de 24% em relação ao ano passado e, mais importante que isso, uma cifra superior à do ano pré pandêmico de 2019. Somando a tv paga, o ano chegou a US$ 328,2 bilhões, crescendo 6% em relação a 2020 e igualando 2019.
Apesar de estar em queda, nota-se que a tv paga (US$ 228,5 bilhões) tem um valor de mercado duas vezes maior que o cinema e o streaming juntos (US$ 99,7 bilhões).
Na soma de streaming com theatrical, a porcentagem relativa ao cinema, que era de 54% em 2019, caiu para 28% em 2021, que claramente sofreu os fortes efeitos da pandemia. O número de assinantes de streaming, que bateu 1 bilhão em 2020, seguiu crescendo, registrando 1,3 bilhão em 2021.
Crescimento é forte, mas totais ainda são 50% da pré-pandemia
O mercado de cinema global atingiu US$ 21,3 bilhões em 2021, 81% a mais do que o trágico ano de 2020, que enfrentou tantos fechamentos no mundo inteiro. Apesar do crescimento, segue bem abaixo dos níveis pré-pandêmicos (em 2019, o valor foi de US$ 42,3 bilhões). Os países que mais arrecadaram com ingressos vendidos foram China (US$ 7,3 bilhões), Estados Unidos/Canadá (4,5 milhões), Japão (US$ 1,5 bilhão), Reino Unido e França (US$ 800 milhões).
O mercado de home entertainment da Europa, Oriente Médio e África cresceu 21% em relação a 2020; Ásia Pacífico subiu 17%; e a América Latina teve o maior crescimento, aumentando em 29% sua receita no setor.
A TV paga, apesar de perder assinantes, manteve a renda estável em comparação com 2020.
EUA perde terreno e parque exibidor global cresce apesar de fechamentos
Agora vamos às telonas: do total de US$ 21,3 bilhões, a fatia que vem de fora dos EUA diminuiu em relação a 2020, mas aumentou em relação aos anos anteriores, pré-pandêmicos. Em 2017, foi de 73%; em 2018, 72%; em 2019, 73% novamente; em 2020, pulou para 81% e agora, em 2021, ficou em 79%.
A quantidade de telas espalhadas pelo mundo também só faz crescer nos últimos anos, mesmo com os fechamentos definitivos que ocorreram em diversos países recentemente. Em 2017, eram 169,5 mil telas. O número já era de, 200,9 mil em 2020, e 2021 se encerrou com 208 mil telonas no planeta.
Fatia global do 3D é de 7%
Chama atenção a distribuição de telas digitais 3D no território Ásia Pacífico: são 84,4 mil, contra 26,6 mil que não são 3D. Mais que o triplo de telas digitais 3D em comparação às 2D. Em todos os outros mercados (EUA/Canadá, EMEA e América Latina), a quantidade de salas 3D é menor que a quantidade de salas 2D.
Já nos EUA/Canadá, a quantidade de salas digitais 3D caiu 3%, retraindo pelo quarto ano consecutivo.
A porcentagem da renda global do 3D também diminuiu em relaçnao aos anos pré-pandêmicos. Em 2021, o faturamento 3D representou 7% do total, contra 6% de 2020, 15% de 2019, 16% de 2018 e 21% de 2017.
© Filme B - Direitos reservados