Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Depois de dois anos de ondas de Covid, retomadas, fechamentos, esperanças e incertezas, 2022 começou com indícios de que o aquecimento do setor está consistente.
Janeiro terminou com 8,7 milhões de ingressos vendidos no Brasil, ou R$ 157,6 milhões de renda. Foi uma queda de 43% em relação ao mês anterior (dezembro de 2021), mas a retração se deu mais pela falta de lançamentos fortes do que pela crise da ômicron — apesar de a variante ser uma preocupação grave e atual, claro.
Boa parte da arrecadação de janeiro se deveu à força contínua de Homem-Aranha - Sem volta para casa (Sony), que estreou em 16 de dezembro e que já acumulava 16,7 milhões de público até ontem. Sing 2 (Universal), Pânico (Paramount), Turma da Mônica - Lições (Dt/Paris) e Matrix Ressurrections (Warner) foram os outros quatro filmes que mais contribuíram. As bilheterias dos próximos dias devem aumentar, com a chegada de títulos fortes ao mercado (veja aqui os resultados preliminares).
Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, janeiro de 2022 apresenta um cenário ainda mais animador: público e renda mais do que quintuplicaram. Àquela época, vale lembrar, o mercado dava pequenos passos em direção a uma retomada, mas a ameaça da variante Delta, o parque exibidor reduzido (havia cerca de 30% de cinemas a menos) e as limitações de ocupação nas salas ainda impediam o mercado de traçar um prognóstico otimista.
Se ampliarmos a comparação para janeiro de 2020, quando não havia pandemia, ainda estamos praticamente na metade do caminho do chamado "antigo normal" — aquele mês fez 21 milhões de público e R$ 339 milhões de renda. Mas, como Homem-Aranha mostrou, já sabemos ser possível dar a volta por cima.
Nacionais passam de 1 milhão em janeiro
A diferença entre a realidade da pandemia em janeiro de 2021 e de 2022 também explica o market share dos filmes nacionais terem saltado de 4,7% para 13,2%. Foi só a partir de Marighella (Dt/Paris), lançado em novembro, que nosso cinema mostrou que podia figurar nas primeiras posições do ranking por várias semanas. Com isso, puxados por Lições, os longas brasileiros ultrapassaram a marca simbólica de 1 milhão de ingressos vendidos no mês passado. Tô ryca 2 (Dt/Paris) estreou ontem na vice-liderança de público para manter o gás.
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