Referência
no mercado de
cinema no Brasil
A AMC Theatres, controlada pela chinesa Wanda Group, virou a maior cadeia de exibição da Europa com conclusão da compra da Odeon & UCI Cinemas, sediada no Reino Unido. Agora, o grupo passa a ser dono de 636 cinemas e 7,6 mil salas em oito países do mundo – em termos globais, o conglomerado asiático já era líder desde 2012. O gigantismo da rede pode ficar ainda maior se o Departamento de Justiça americano der o sinal verde para a aquisição da americana Carmike.
A transação havia sido aprovada pela Comissão Europeia no último dia 16, mas só foi concluída ontem. O fundo de investimento Terra Firma, de Guy Hands, era proprietário da exibidora britânica, que só não opera a cadeia UCI no Brasil (aqui, a rede é controlada pela National Amusements). Do valor desembolsado pela Wanda, um total de US$ 1,2 bilhão, US$ 467,1 milhões foram em dinheiro, US$ 155,7 milhões em ações e US$ 588,2 milhões em dívidas.
A Odeon & UCI é a principal companhia exibidora da Europa, com 244 cinemas e 2,2 mil telas. Vende 90 milhões de ingressos por ano, sendo que mantém a liderança no setor no Reino Unido, Itália e Espanha. Detém a segunda posição na Áustria e Portugal e a quarta na Alemanha.
Os cinemas da rede, ao menos por enquanto, vão manter suas marcas em cada mercado da Europa. Continuam com a identidade da Odeon no Reino Unido e a logo da UCI na Itália, Portugal, Alemanha e Áustria. Na Espanha, os complexos usam a grife Cinesa. Nomes importantes dos quadros da empresa serão mantidos, com exceção do CEO, Paul Donovan, que anunciou sua saída.
Segundo Guy Hands, a compra dará aos cinemas europeus serviços superiores, incluindo poltronas reclináveis, cardápios ampliados de comida e bebida e salas premium, com som imersivo Dolby Atmos e IMAX.
Desde a compra da rede americana AMC, em 2012, a Wanda vem crescendo agressivamente no mercado de cinema mundial. Em 2015, veio a aquisição da exibidora australiana Hoyts e, este ano, foi a vez da produtora Legendary. O grupo chinês também fechou em setembro um acordo para financiar longas da Sony. Este ano, tentou ainda comprar 49% das ações da Paramount, mas a Viacom, proprietária do estúdio, desistiu da transação.
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