O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta André Sturm como o novo Secretário de Cultura de São Paulo – vaga hoje ocupada na gestão Haddad por Maria do Rosário Ramalho.

Nos últimos anos, Sturm ganhou projeção como diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, com exposições que foram sucesso de público como Castelo Rá-Tim-Bum, Stanley Kubrick e David Bowie. Nos anos 90, fundou a distribuidora Pandora, voltada para filmes independentes, e coordenou a programação da Cinemateca Brasileira. Entre 2007 e 2011, já havia trabalhado na Secretaria de Cultura, como coordenador de Fomento e Dufusão na gestão de Andrea Matarazzo.

Sturm também é diretor e programador do Cine Belas Artes, tradicional cinema de rua na esquina da Consolação com a Paulista que foi fechado em 2011 por problemas com o aluguel do espaço. Em 2014, Sturm liderou o movimento pela reabertura do cinema, que angariou forte apoio do meio cultural.

Orçamento menor

Entre os desafios no novo cargo, Sturm terá de lidar com a restrição no orçamento da pasta – que em 2015 foi de R$ 501 milhões, 2% do total do município. Também terá que gerir a continuidade da Spcine, empresa municipal de fomento, distribuição e exibição de cinema criada na gestão Haddad, hoje sob a direção de Alfredo Manevy.

Com o novo cargo, Sturm deve deixar a direção do MIS e a presidência do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo, responsável pelo projeto Cinema do Brasil, departamento de promoção do cinema brasileiro no exterior ligado à Apex.

O nome de Sturm foi confirmado depois que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor geral da TV Globo, recusou o convite feito pelo novo prefeito para o cargo.