Cineasta Hector Babenco morre aos 70 anos

Cineasta Hector Babenco morre aos 70 anos

Redação
14 jul 16

Imagem destaque

Aline Arruda/Mostra Internacional de Cinema

O diretor Hector Babenco na abertura da Mostra de São Paulo

Morreu na noite da última quarta-feira, aos 70 anos, Hector Babenco, um dos mais importantes e premiados diretores do cinema brasileiro. Argentino radicado no Brasil, ele dirigiu alguns dos maiores sucessos de público e crítica do cinema nacional.

Babenco estreou com o longa O rei da noite (1975), estrelado por Paulo José e Marília Pêra. Seu segundo longa, Lúcio Flávio – O passageiro da agonia (1975), história real de um famoso bandido vivido por Reginaldo Faria, levou 5,4 milhões de espectadores aos cinemas, segundo dados do Filme B. Em 2003, Carandiru concorreu à Palma de Ouro em Cannes e é hoje o quinto filme mais visto desde a Retomada do cinema nacional, com 4,7 milhões de espectadores.

Seus dois filmes mais aclamados foram Pixote – A lei do mais fraco, trajetória do menino de rua Fernando Ramos da Silva, assassinado pela polícia, visto por 2,5 milhões de espectadores no Brasil e vencedor do prêmio do Círculo Nacional dos Críticos dos EUA; e O beijo da Mulher Aranha, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor diretor e deu a estatueta de melhor ator a William Hurt.

Seu último longa foi Meu amigo hindu, produção em inglês estrelada por William Dafoe, lançado em março nos cinemas.

“Sempre serei grata a Hector pelos dias que passei filmando O beijo da Mulher Aranha, que o levou merecidamente a concorrer ao Oscar. Agora, indo a São Paulo para o lançamento de Aquarius, era uma das pessoas que iria rever. Não deu tempo, infelizmente”, postou Sonia Braga em sua página no Facebook.

O velório será nesta sexta-feira na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O horário ainda será confirmado.