Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Como viver hoje em Hollywood sem as franquias? Um levantamento do colunista Jan Dawson, da Variety, mostrou uma contradição: cresce cada vez mais o percentual de receita que os estúdios tiram de suas sequências e reboots, mas são grandes as chances de que a bilheteria de uma nova sequência de um filme de sucesso seja menor que a do filme original.
O levantamento pegou a bilheteria internacional dos cem filmes mais vistos de 2015 e separou aqueles que são sequências, reboots ou remakes de um outro filme. Em 2000, a receita de Hollywood com sequências era 8% do total. Em 2015, chegou a 47%.
Por outro lado, um número grande de franquias (44%) tiveram sua bilheteria reduzida de um filme após o outro. 30% das franquias tiveram altos e baixos na renda, e em 10% delas o segundo filme aumentou o público, mas decresceu nos filmes seguintes. Apenas três franquias tiveram crescimento contínuo de bilheteria de um filme a outro: Capitão América, Toy Story e O senhor dos anéis.
Maiores vão mais longe
De acordo com a pesquisa, há uma forte diferença de tendência entre as 25 franquias de maior sucesso e as 25 de menor sucesso. No primeiro, grupo, apenas 32% tiveram queda expressiva de bilheteria depois do primeiro filme. No segundo grupo, o índice passa de 50%. Ou seja: as franquias “menores” tendem a cair mais rápido, enquanto as maiores seguram mais tempo seu apelo.
Neste ano, Hollywood está lançando 30 novos filmes de franquias nos cinemas. Alguns filmes estão tendo bilheterias inferiores ao filme anterior, como X-Men: Apocalipse, Tartarugas ninja: Fora das sombras, Alice através do espelho e O caçador e a rainha do gelo, enquanto Capitão América: Guerra civil quebrou recordes. Mas elas continuam um valor seguro para produtores, que vêem menos risco de fracasso numa continuação do que num filme original de grande orçamento.
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