Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Penúltimo episódio da franquia estrelada por Shailene Woodley (A culpa é das estrelas), A Série Divergente – Convergente chega aos cinemas do Brasil na próxima semana com as mais altas expectativas. A aposta pode ser medida pelo tamanho da estreia, a maior da série até agora: pelo menos mil salas, acima de Divergente (524), de 2014, e Insurgente (837), de 2015. Graças ao crescimento do interesse do público brasileiro pela saga de Tris, a distribuidora Paris Filmes reforçou sua campanha, com ações inéditas, e conseguiu negociar condições especiais para lançar o terceiro capítulo no circuito nacional.
Segundo Gabriel Gurman, diretor de marketing da Paris, pela primeira vez em seu acordo com a Lionsgate - produtora americana do longa, também responsável por séries como Crepúsculo -, o lançamento será uma semana antes da estreia nos Estados Unidos. “É importante a gente frisar que nós só conseguimos isso graças ao resultado expressivo com o último Jogos vorazes. Foi aí que os EUA perceberam o potencial do Brasil para filmes como esses, e assim conseguimos o Convergente em primeira mão”, explica. A produção também terá pré-estreia na próxima quarta-feira, 9. Os ingressos já estão à venda.
A série impressiona pela trajetória ascendente no Brasil. De acordo com os dados oficiais do Filme B Box Office, em 2014, Divergente fez um público de cerca de 1,2 milhão de espectadores e R$ 14,5 milhões de renda em 524 salas. No ano seguinte, após um crescimento de circuito para 837 telas, Insurgente chegou à marca dos 2,8 milhões de ingressos vendidos e R$ 39 milhões em renda, isto é, um aumento de 133% em sua audiência e de 169% em sua renda. A diferença é ainda mais evidente que a de Jogos vorazes, que cresceu 84% em público e 106% em renda do primeiro para o segundo filme.
“O crescimento [de renda e público] que houve entre o primeiro e o segundo filme foi exponencial, e, nesse meio tempo, a própria franquia se consolidou como uma marca muito forte por aqui”, diz Gabriel. “Nossa expectativa é de que Convergente supere o crescimento do longa anterior, ou, pelo menos, mantenha o padrão”.
Campanha mais agressiva e conectada
Para a divulgação de Convergente, a Paris preparou uma série de ações, incluindo uma parede de escalada flutuante (içada por um guindaste), que será instalada no Memorial da América Latina, no próximo sábado, em São Paulo. “Nossas ações acabam tendo uma sinergia muito bacana com a história dos filmes. Com essa parede de escalada, por exemplo, tentamos reproduzir o desafio enfrentado pelos protagonistas, que é chegar ao outro lado do muro”, comenta Gabriel.
A campanha de divulgação da franquia também reforçou a conexão com a base de fãs da franquia. “Estamos falando com alguns influenciadores para entender exatamente quem é o público do filme e qual linguagem ele utiliza”. A Paris preparou a cobertura do encontro de seguidores da série Divergente, no próximo domingo, em São Paulo. Organizado pelo Divergente Brasil, maior fã-clube da franquia no mundo, o evento terá transmissão em tempo real via Periscope e LiveTweet, aplicativos de streaming ligados à rede social Twitter.
Gabriel acredita que em um filme desse tipo, voltado para o público jovem, é muito importante entender a linguagem mais adequada para a campanha. “Não basta apenas pensarmos em ações de mídia digital”, garante. Para ele, a TV ainda é um veículo importantíssimo de divulgação, mas os influenciadores – a maioria deles youtubers famosos – se tornaram parte fundamental da campanha de marketing de qualquer produção cinematográfica. Tanto que alguns deles, considerados formadores de opinião, foram convidados pela distribuidora brasileira a participar neste fim de semana da junket press (encontro de imprensa) do filme em Los Angeles.
Próximo filme chega em 2017
Convergente ainda não chegou aos cinemas, mas o próximo e último filme da franquia, Ascendente, já tem data de lançamento marcada para 9 de junho de 2017. A direção, porém, sai das mãos de Robert Schwentke e passa para o comando de Lee Toland Krieger (A incrível história de Adaline; Celeste e Jesse para sempre). Em entrevista à Variety, Schwentke disse que pediu demissão porque necessitava de uma pausa após dirigir dois filmes da série – o primeiro, Divergente (2014), foi assinado por Neil Burger (O ilusionista).
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