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O Festival de Cannes divulgou hoje a seleção do Cannes Classics, seção do festival dedicada a cópias restauradas de filmes antigos e documentários sobre personalidades do cinema.
O maior destaque é Visita ou Memórias e Confissões (1982), longa póstumo e inédito que o português Manoel de Oliveira guardava a sete chaves para que fosse exibido apenas após sua morte. O diretor morreu no último dia 2 de abril, aos 106 anos.
Em homenagem ao centenário de nascimento de Orson Welles, o festival vai apresentar três filmes restaurados em resolução 4K: Cidadão Kane (1941) e A Dama de Xangai (1948), dirigidos por ele; e O terceiro homem (1949), de Carol Reed, estrelado por Welles. Dois documentários inéditos completam o programa: Orson Welles, autópsia de uma lenda e Este é Orson Welles.
Entre os documentários inéditos, o destaque é Hitchcock/Truffaut, de Kent Jones, em que diversos cineastas discutem como o famoso livro escrito por François Truffaut em 1966 sobre a obra do mestre do suspense influenciou os seus trabalhos. Ingrid Bergman, Gérard Depardieu, Steve McQueen e Sidney Lumet também são tema de novos longas.
Entre os 15 clássicos apresentados em cópia nova, estão o italiano Rocco e seus Irmãos (1960), de Luchino Visconti; o francês Ascensor para o Cadafalso (1958), de Louis Malle; e dois argentinos – A História oficial (1984), de Luis Puenzo, Oscar de melhor filme estrangeiro, e Sur (1988), de Fernando Solanas.
O cineasta grego Costa-Gavras, Palma de Ouro por Missing – O desaparecido em 1982, é o convidado de honra de Cannes Classics. Ele vai apresentar uma versão restaurada de outro de seus clássicos, Z (1968).
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