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Dois mil e dezenove foi um ano do qual o mercado de cinema vai ter muitas saudades, pois será muito difícil que se repita nos próximos anos. Ladeado por recordes históricos (quase todos encabeçados por filmes da Disney, com exceção de Coringa, da Warner), 2019 ficará para a história como um ano-referência, onde vários recordes foram batidos, apesar de ter sido um ano irregular quando comparado mês a mês com anos anteriores. As bilheterias fecharam com saldo positivo, superando o recorde de renda de 2017. As cifras potentes de meses como maio, julho, agosto e outubro foram essenciais para equilibrar a equação, que resultou em alta de 7,8% no público e de 13,7% na arrecadação, ou, em números absolutos, aproximadamente 177,3 milhões de ingressos e R$ 2,8 bilhões de renda.
NÚMERO DE SALAS RECORDE
Em 2019 também quebramos o recorde do número de salas em funcionamento no país, que agora somam 3.496 unidades, superando, pela primeira vez, o circuito que existia até os anos 1970; e também o recorde de público do top 10, que respondeu por 90,6 milhões de espectadores do total, o que representa um market share de 51,1%.
NACIONAIS NO MESMO PATAMAR DE 2018
Já o público dos nacionais permaneceu no mesmo patamar de 2018, que foi um ano ruim no geral, mas forte para o cinema brasileiro devido à participação de Nada a perder – Parte 1 (DTF/Paris). Em 2019, Nada a perder – Parte 2 (DTF/Paris) não conseguiu contribuir na mesma medida que seu antecessor, mas seus números mais fracos foram compensados por lançamentos como Minha mãe é uma peça 3 – lançado na última semana do ano e responsável por R$ 38,3 milhões e 2,4 milhões de ingressos –, além de Turma da Mônica – Laços, De pernas pro ar 3 e da excelente sustentação de Minha vida em Marte, todos distribuídos pela dobradinha DTF/Paris. A renda acumulada dos produtos locais saltou 14,8% em relação ao exercício de 2018, fechando com R$ 330,6 milhões, mesmo sem crescimento real de público, que foi de 24,1 milhões.
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