Qualquer estudo básico sobre a evolução da exibição no Brasil nos 20 últimos anos aponta o vertiginoso crescimento e domínio da marca Cinemark, que passou de 26 salas em 1997 para 610 em 2016. Outro detalhe que chama atenção é o grande crescimento da Cinépolis em apenas sete anos de atividade, atingindo a segunda colocação do ranking da exibição no Brasil, saindo com 35 salas em 2010, passando para 359 em 2016. Outro fato a destacar é do maior grupo nacional, o Kinoplex, representado pela família Severiano Ribeiro que em 2017 completa 100 anos de existência e que conseguiu resistir a esse grande impacto da entrada da exibição internacional no Brasil, mantendo-se em terceiro lugar, com 198 salas. Em quarto lugar, vem o tradicional grupo Araujo, que iniciou suas atividades pelo interior de São Paulo e Paraná. O grupo Araújo se alastrou por vários estados do país, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além de São Paulo capital, tornando-se um exibidor nacional pioneiro, entre outras novidades, em tecnologias de som. Quinta maior exibidora do país em número de salas, a rede Cinesystem está em expansão desde 2003 e opera 151 salas, distribuídas por 26 complexos em 10 estados: Pará, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e recentemente inaugurou seu primeiro e mais moderno cinema na capital de São Paulo.
A Cinematográfica Araújo & Passos iniciou suas atividades nos anos 80, mas a partir de 2000 houve uma separação, e cada um criou sua própria cadeia exibidora, ambas a partir do interior de São Paulo, com sede em Botucatu. A Moviecom teve um crescimento de salas bastante expressivo - a Filme B só possui esses dados a partir de 2000, quando a empresa possuía 24 salas e hoje conta com 108 salas, sendo uma das empresas com maior crescimento de público e de renda em 2016.
Também não se pode falar da história crescente da exibição no Brasil sem destacar a UCI, que em 2017 completa 20 anos de existência no país, pois em 1997 inaugurou seu primeiro complexo em Curitiba com seis salas. Além da joint-venture com o grupo Severiano Ribeiro (62 salas) e com a Orient (26 salas), a UCI hoje possui 108 salas muito bem posicionadas dentro do mercado brasileiro.
O grupo Espaço de Cinema é uma dissidência do grupo Estação, que começou pelo Rio de Janeiro, se expandindo para São Paulo e outros estados. Especializado a princípio em exibição de filmes de arte, criou o conceito de salas arteplex, que contagiou toda a programação de cinema no Brasil. Seu crescimento foi bastante vertical, saindo de 21 salas em 2000 para 96 chegando a 126 salas em 2013, e concentrando seu circuito para 96 salas em 2016.
A Arcoplex, tradicional grupo gaúcho de exibição, faz parte da antiga geração do setor, sendo responsável por grande parte do circuito de cinemas dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, além do Ceará e interior de São Paulo. Sua presença foi sempre marcante principalmente no sul, e hoje possui 88 salas.
Até poucos anos atrás a Cineflix fazia parte do grupo Cinesystem, e em 2012, com a separação, o grupo passou a contar com 29 salas, que, nesses cinco anos, foram expandidas rapidamente para 78 salas. Com sede e salas no Paraná, o grupo ainda tem cinemas no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo capital.
Esses são os dez maiores grupos exibidores do país (em dez/2016, por número de salas). Mas este estudo contempla também os 20 mais, onde se nota um crescimento constante em cada um deles. É claro que também, em consequência, esse mesmo crescimento existe em público e salas, na maioria das vezes na mesma proporção.
Fontes: SEDCMRJ, Boletim Filme B, Filme B Box Office, Databases Brasil, IBGE.