Desde 2000 quando publicamos o primeiro Database Brasil, todos os estados brasileiros, inclusive os menos populosos, possuíam salas de cinema. Alguns deles, naquela época, apenas em suas capitais, como era o caso do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. A partir da expansão do mercado de shoppings e das bilheterias de cinema no país com a grande difusão do conceito multiplex, começam a aparecer também cinemas em outras cidades com baixo índice populacional e de atividade comercial.
Os rankings de público e de salas por estado no Brasil (em dez/2016) até a quinta colocação coincidem, ou seja, São Paulo (1º), Rio de Janeiro (2º), Minas Gerais (3º), Paraná (4º), Rio Grande do Sul (5º). A partir da sexta colocação já divergem, por exemplo, em salas. Santa Catarina aparece em sexto, Goiás em sétimo, Bahia em oitavo, Ceará em nono e Pernambuco em décimo. Depois vem Distrito Federal (11º), Espírito Santo (12º), Pará (13º), Amazonas (14º), Maranhão (15º), Mato Grosso (16º), Paraíba (17º), Rio Grande do Norte (18º), Alagoas (19º) e Mato Grosso do Sul (20º).
São Paulo, o primeiro lugar do ranking, já ultrapassou mil salas, muito em função de ser a sede da Cinemark e de ser o maior mercado brasileiro, o líder do país, e também do vice-líder, a Cinépolis. Essas duas empresas multinacionais não só atuam majoritariamente em São Paulo, mas se espalham por todo o país, porém não com a mesma força. No segundo lugar está o Rio de Janeiro, sede do maior exibidor nacional do país, o Kinoplex, e da UCI, um dos maiores exibidores do país. O estado do Rio não chegou a 400 salas (370), mas trata-se de um número significativo comparando-se o tamanho dos dois estados. Minas Gerais conseguiu voltar ao seu terceiro lugar tradicional, muito em razão da existência e do vigor de sua exibição local. O mesmo se pode dizer do Paraná, que recentemente vem recuperando o seu parque exibidor regional, e do Rio Grande do Sul, uma região que sempre teve forte exibição local e que agora está se modernizando.
Atualmente, tanto os grupos multinacionais da exibição quanto os nacionais estão se espalhando por todos os estados do país, obedecendo a uma trilha de inaugurações de novos shopping centers, que tiveram uma expansão muito grande nos últimos anos, mas que a partir de 2016 interromperam esse grande ciclo de inaugurações, que promete voltar em 2020.
Fontes: SEDCMRJ, Boletim Filme B, Filme B Box Office, Databases Brasil, IBGE.