Juarez Dagoberto

Técnico de som, ex-aluno de Alberto Cavalcanti, com quem aprendeu a profissão, foi um dos pioneiros na defesa da qualidade dramática do som direto. Nasceu no Pará, em 1932, e mudou-se para São Paulo em 1952, para estudar cinema no Centro de Estudos Cinematográficos, o primeiro curso profissionalizante de cinema, fundado por Cavalcanti. Fez seu primeiro trabalho em O grande momento (1956), de Roberto Santos. Há muitos anos radicado no Rio de Janeiro, tem em seu currículo uma enorme lista de comerciais, longas e curtas-metragens. Entre os longas destacam-se: Macunaíma (1969) Os inconfidentes (1972), ambos de Joaquim Pedro de Andrade, Eles não usam black tie (1981), de Leon Hirszman, e Doida demais (1989), de Sérgio Rezende. Também participou das equipes de som das produções estrangeiras Fritzcarraldo (1981), de Werner Herzog, e Hell hunters (1986), de Ernst R. von Theumer. Trabalhou ainda em longas-metragens como Tolerância (2000), de Carlos Gerbase, Netto perde sua alma (2001), de Beto Souza e Tabajara Ruas, Filme de amor (2003), de Júlio Bressane, e Harmada (2003), de Maurice Capovilla. Faleceu em 2013.