Cristiano Maciel

Técnico de som, foi um dos profissionais que mais ajudaram a consolidar a importância da captação de som para um bom resultado final do som direto. Nascido em 1950, estudou sociologia na UFRJ e no Chile, mas foi a partir do curso de técnicas cinematográficas na École Pratique des Hautes Études (1972/75) e de estudos de eletroacústica aplicada no Institut de Mecanique Théorique da Universidade de Paris VI e nos laboratórios Gaumont (1972/76) que se definiu profissionalmente. Seu primeiro trabalho como técnico de som em longa-metragem foi em Os anos JK (1977), de Silvio Tendler. Depois fez a pós-produção sonora de O cangaceiro trapalhão (1982), de Daniel Filho, e de Eu te amo (1984), de Arnaldo Jabor, e o som adicional de Carmen Miranda - Bananas is my business (1992), de Helena Solberg. Foi o responsável pelo som direto de Banana split (1987), de Paulo Sérgio Almeida, do episódio Você é Linda, parte do longa-metragem Veja esta canção (1994), de Carlos Diegues, de Todos os corações do mundo (1994), de Murilo Salles, de O quatrilho (1995), de Fábio Barreto, e do documentário Além-Mar (1999), de Belisário Franca. Em 2003 fez o som de Caminho das nuvens, de Vicente Amorim, e de Apolônio Brasil - O campeão da alegria, de Hugo Carvana, e em 2004, com Silvio Tendler, fez Glauber, o filme – labirinto do Brasil. Fez o som direto adicional de Vocação do poder (2005), de José Joffily e Eduardo Escorel, e foi técnico de som dos documentários Moro no Brasil (2002) e Brasileirinho (2005), ambos do finlandês Mika Kaurismäki. Em 2006, foi responsável pelo som de Sonhos e desejos, de Marcelo Santiago, 1972, de José Emílio Rondeau, e, em 2007, de O homem que desafiou o diabo (2007), de Moacyr Góes. Em 2008 trabalhou no documentário Palavra (en)cantada, de Helena Solberg, e, mais recentemente, em Lula, filho do Brasil, de Fábio Barreto e 1958 - O ano em que o mundo descobriu o Brasil, de José Carlos Asbeg.